Dia Nacional do Fusca: unidades da Garagem VW ganham Certificado

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Três exemplares raros, que fazem parte do acervo interno da Volkswagen do Brasil, recebem o documento oficial, que reconhece e exalta as características de produção de modelos clássicos fabricados em território nacional;

– Recém-lançado, o Certificado de Veículos Clássicos Volkswagen pode ser solicitado de maneira online para qualquer modelo da marca produzido no Brasil e com idade mínima de 20 anos;

– Líder no Brasil por 23 anos, o Fusca teve mais de 3,1 milhões de unidades comercializadas no Brasil; até hoje estima-se que 1,7 milhão de unidades do modelo circulem no País;

São Bernardo do Campo (SP) – Às vésperas do Dia Nacional do Fusca, comemorado no dia 20 de janeiro, a Volkswagen do Brasil celebra a história do seu mais tradicional modelo com uma homenagem às três unidades que fazem parte da Garagem VW. Os Fusca 1986, 1993 e 1996 agora possuem o recém-lançado Certificado de Veículos Clássicos Volkswagen.

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A unidade mais antiga do acervo da marca alemã no Brasil é datada de 1986. Esse modelo está entre os últimos fabricados na primeira fase do Fusca, que foi de 1959 a 1986. Trata-se de um simpático Fusca na cor vermelho Fênix Metálico, equipado com motor 1.600 cm³ a álcool e transmissão de quatro marchas. A unidade tem número de chassi HP000001.

O outro a receber o Certificado foi o Fusca 1993, o chamado Fusca Itamar. O exemplar que faz parte do acervo tem chassi número PP00001, é o primeiro produzido na segunda fase de manufatura, e o mesmo veículo apresentado a Itamar Franco na celebração do retorno da produção. Seu valor histórico é inestimável. Traz carroceria pintada na cor Prata Lunar e algumas particularidades, como lanternas traseiras “fumê”, que atualmente poderiam ser facilmente chamadas de lanternas com máscara negra. Do lado de dentro, os bancos são os mesmos das unidades Gol dá época, assim como seu volante. A unidade tem motor 1.600 cm³ a álcool e conta com tanquinho de gasolina. O hodômetro marca míseros 352 km percorridos.

Por fim, o Fusca 1996 também ostenta sua certidão de nascimento. A unidade conversível com 479 km de história tem chassi número TP006623 e é pintada na cor Branco Geada. Com capota preta, o modelo traz o 1600 cm³ a gasolina, com motor injetado para o mercado mexicano. Foi convertido à conversível pela Sulam, tradicional transformadora de veículos, fundada em 1973.

O Certificado VW

O documento oficial, com número serial único e lançado em dezembro passado pela Volkswagen do Brasil, reconhece e exalta as características de produção de modelos clássicos fabricados em território nacional, e também fornece dados originais de produção, que podem ser úteis para preservar e restaurar os veículos da marca. A ‘Certidão de Nascimento’ é emitida através do VW Collection para veículos que tenham pelo menos 20 anos. A solicitação pode ser feita de maneira online no site oficial: www.vwcollection.com.br/institucional/certificado-classico-vw

O valor arrecadado com as vendas do Certificado de Veículos Clássicos Volkswagen suportará financeiramente a Garagem VW na preservação e no restauro dos veículos do acervo histórico. Atualmente, a VW mantém em excelente estado de conservação mais de 58 carros do grupo, entre as Garagem 1 e Garagem 2 da estrutura, que é a maior coleção coordenada por uma montadora no Brasil. Existem ainda 50 veículos armazenados e aguardando restauro, que serão adicionados futuramente à exposição.

A história do Volkswagen Fusca

1996 – O Fusca deixa de ser produzido no Brasil. Entra para a história como o modelo mais icônico da indústria automotiva.

23/08/93 – Início da produção seriada do Fusca 94

04/02/93 – Assinatura do Protocolo de Intenções entre o Governo Federal e a Autolatina.

07/12/86 – Interrompida a produção do Fusca. Neste ano, foram comercializadas 34 mil unidades, totalizando mais de três milhões no período compreendido entre 1959 e 1986. É o carro mais vendido do Brasil.

1985 – Uma série especial do Fusca passou a ser comercializada, para comemorar o lançamento da linha 85. Era um modelo produzido exclusivamente na cor verde cristalino metálica, com motor 1600 a álcool, de dupla carburação. Na versão normal o acabamento interno ficou mais luxuoso, com os assentos utilizando espuma de poliuretano moldada a frio, de conformação mais anatômica. As laterais das portas passaram a ser forradas com tecido de alta qualidade.

1984 – Desaparece o motor 1300 e surge um novo 1600, com pistões, cilindros e cabeçotes redesenhados, válvulas de escapamento maiores e novas câmaras de combustão que melhoram a queima da mistura ar/combustível. Novos freios a disco dianteiros e barra estabilizadora traseira.

1983 – A linha de sedãs VW fica restrita aos modelos com motor 1300 que passam a se chamar, oficialmente, Fusca e incorporam uma caixa de câmbio do tipo “Life-Time”, que dispensa a troca periódica de óleo lubrificante. Aquecimento interno, painel forrado, filtro de ar em banho de óleo e ignição eletrônica para os Fuscas com motor a álcool são alguns opcionais oferecidos. De série, os Fuscas com motor a álcool tem carburadores e bomba de combustível com nova proteção anticorrosiva (bicromatizada verde-oliva), novo filtro de álcool (com elemento de papel e carcaça plástica), e válvulas termo-pneumáticas localizadas na entrada dos filtros de ar, para controlar a temperatura do ar aspirado e otimizar a queima da mistura ar/combustível.

1979 – Volante de direção em polipropileno texturizado para proporcionar melhor empunhadura, novo espelho retrovisor externo, de formato retangular. Lanternas grandes e arredondadas e pára-lamas traseiros reestilizados nos Fuscas 1300 e 1600.

1978 – Abastecimento de combustível facilitado pela mudança do bocal do tanque para lateral direita do carro, logo acima do pára-Iama, eliminando a necessidade de abrir o porta-malas. Interruptor do pisca-alerta transferido para a coluna de direção e chave única para portas, capô do motor e ignição.

1977 – Um ano de muitos aperfeiçoamentos, todos para aumentar o conforto e a segurança: coluna de direção bipartida que protege o motorista em caso de choque frontal; duplo circuito de freios independentes, com luz de advertência no painel para avisar sobre qualquer anormalidade; sistema de iluminação regulável; comando do limpador de pára-brisa na coluna de

direção; espelho retrovisor interno destacável em caso de choque e reforços estruturais na carroceria e chassis.

1976 – Fusca dois milhões produzidos. Outra vez a segurança: espelho retrovisor externo maior e em nova posição, limpadores de pára-brisa maiores e com nova fixação.

1975 – Mais segurança ainda: chassi e trilhos dos assentos reforçados. A linha foi ampliada com os modelos 1300 L e 1600 (tida como versão normal do Super-Fuscão), a alavanca de câmbio foi encurtada, o filtro de ar passou a ser de elemento de papel.

1974 – Mudanças fundamentais nos dois Sedãs 1300 e 1500 e lançamento do VW 1600-S, o Super-Fuscão, com motor de dupla carburação que desenvolvia 65 cv SAE, tinha volante de direção esportivo de três raios, e painel com marcador de temperatura, relógio e amperímetro. Os aperfeiçoamentos nos sedãs 1300 e 1500 visavam mais conforto e segurança, daí a introdução da bitola dianteira mais larga, pára-brisa maior, sistema de ventilação interna e pisca-alerta.

1973 – Os dois modelos 1300 e 1500 passam a ser equipados com novo distribuidor de avanço vácuo-centrífugo e com carburadores recalibrados, para otimizar o consumo de combustível. Novos faróis mudaram o desenho dos pára-lamas. O sistema de aquecimento interno, que era equipamento de série, passou a opcional.

1972 – Atingida a marca histórica de um milhão de Fuscas produzidos.

1970 – Nasce o sedã 1500, logo apelidado de “Fuscão”, com o motor de 52 cv SAE, bitola traseira 62 mm mais larga do que a do 1300, barra compensadora no eixo traseiro, capô do motor com aberturas para ventilação e novas lanternas traseiras incorporando luz de ré. Opcionalmente, o “Fuscão” podia ter freios a disco na frente. Internamente, seu acabamento era mais luxuoso e ele já vinha com cintos de segurança. O Fusca 1300 desse ano, tal como o Fuscão, ganhou pára-choques de lâmina mais fortes e resistentes, capô do motor e do porta-malas redesenhados.

1968 – O sistema elétrico mudou de 6 para 12 volts, a caixa de direção passou a ser lubrificada com graxa, ao invés de óleo.

1967 – Produzido o Fusca 500.000 em São Bernardo do Campo. Grandes novidades também neste modelo. A maior delas: a troca do motor 1200 pelo 1300 cilindradas, com 46 cv SAE de potência, dez a mais do que a anterior. Ainda na mecânica, aro de rodas com maior número de furos, para facilitar a ventilação dos freios e novo escapamento. Em termos de segurança, houve a introdução de um dispositivo que impedia a abertura não intencional das portas, um vidro traseiro 20% maior e um controle de luz alta/baixa na mesma alavanca onde já funcionava o indicador de direção.

1965 – Ano de muitas inovações: trava de direção, lanterna maior para a placa traseira, indicadores de direção redesenhados, conforme normas internacionais, maior espaço para passageiros do banco de trás, encosto do banco traseiro dobrável, barra de direção com lubrificação automática. E, opcionalmente era oferecido, pela primeira vez no Brasil, o teto solar.

1959 – Produzido, na fábrica São Bernardo do Campo (SP), o primeiro Fusca brasileiro, motor 1200, com 54% de peças e componentes nacionais, foi comprado por Eduardo Andrea Matarazzo;

1953 – A Volkswagen inicia a montagem do Sedã VW-1200, já aperfeiçoado e diferenciado em relação ao modelo importado, em um armazém alugado na rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga (SP).

1950 – O paulista Rodolfo Maers adquire o primeiro Fusca importado.

1946 – Um ano depois de iniciada a produção, já existem 10 mil sedãs Volkswagen circulando pela Europa.

1938 – Começa a construção do complexo industrial para fabricação do Fusca, a 80 quilômetros de Hannover, e que daria origem à cidade de Wolfsburg (Alemanha).

1936 – Três protótipos de um carro popular, o Volks-Wagen, idealizado pelo professor doutor Ferdinand Porsche, são testados nas estradas da Floresta Negra, na Alemanha, em mais de 50 mil quilômetros.